Capítulo 6 – Evolução das espécies vivasOrigem e evolução dos primatas |
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A teoria de DarwinA teoria mais corrente com a evolução das espécies é a de Darwin. Para a ter formulado necessitou de realizar enumeras pesquisas ao longo do mundo recolhendo dados geológicos (nomeadamente fósseis e rochas) e dados biográficos (informações sobre a fauna e flora de continente para continente). Anterior a esta teoria existia a teoria de Lamark. Este afirmava que o meio cria necessidades que determinam mudanças na morfologia dos indivíduos que, pelo uso, se estabelecem e mantêm na população, tornando-os mais bem adaptados e sendo transmitidas aos descendentes. |
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Darwin verificou que: - entre a mesma espécie os indivíduos apresentam variações. - as populações têm tendência para crescer em progressão geométrica, apesar disso o número de indivíduos por espécie geralmente não se altera de geração em geração. - em cada geração, uma boa parte dos indivíduos é naturalmente eliminada devido à competição por alimento, refúgio, espaço e fuga dos predadores. - nesta luta sobrevivem os que estiverem melhor adaptados, ou seja, os que possuem características que lhe conferem qualquer vantagem em relação aos restantes, que ao longo do tempo vão sendo eliminados. - todo este processo designa-se selecção natural, um processo que ocorre na natureza e pela qual os indivíduos mais bem dotados sobrevivem (sobrevivência dos mais “aptos”). A acumulação de pequenas variações, determina a longo prazo a transformação e o aparecimento de novas espécies. Desta forma para Darwin, as variações surgem independentemente do meio. A selecção natural favorece os indivíduos que possuem as características mais apropriadas para um determinado ambiente tornando-os mais aptos e eliminando gradualmente os restantes. Teoria do EvolucionismoExistem alguns argumentos que defendem a teoria do Evolucionismo: - Argumentos anatómicos – existem estruturas que se designam homólogas entre animais, pois apesar de terem a mesma organização, desempenham funções diferentes (braço humano e asa da ave). Nesta circunstâncias dois seres com o mesmo ancestral podem evoluir de formas diferentes de acordo com o meio onde vivem – evolução divergente. No entanto espécies com estruturas com a mesma função mas organização / constituição diferente designam-se estruturas análogas. A evolução é convergente pois dois seres com ancestrais diferente evoluem da mesma maneira (exemplo: seres de ascendência diferente, o pássaro com asas ósseas e a mosca com asas de quitina). - Argumentos paleontológicos – Pela observação de alguns fósseis verificou-se que certos animais evoluíram diferentemente, pois no presente não tem certas funções / características que os animais presentes no fóssil e apesar de terem um ancestral comum. - Argumentos de embriologia – As formas embrionárias de certos indivíduos assemelham-se entre si, o que leva a dizer que podem ter semelhanças ancestrais. - Argumentos biogeográficos – Quanto mais afastadas se encontram duas regiões, maiores as diferenças encontradas entre a fauna e a flora, mesmo que o clima seja semelhante. - Argumentos citológicos – O facto de todos os seres vivos serem constituídos por células, é um grande argumento para afirmar ancestral comum. - Argumentos bioquímicos – Sabe-se que todos os organismos vivos são compostos pelas mesmas biomoléculas, que é o D. N. A. e o R. N. A. são os responsáveis pela síntese das proteínas. Mais uma informação chave para afirmar fazermos parte de um ancestral comum. Existe um conjunto de factores que podem alterar a composição genética das populações: mutações, migrações, cruzamento não ao acaso, deriva genética e selecção natural. Conceito de espécie
O conceito de espécie é muito difícil de definir pois existe uma grande variedade de seres vivos. No entanto pode afirmar-se que uma espécie é um grupo distinto de organismos, que para ser classificado necessita de ter em conta diferentes critérios. Para espécies que se reproduzem sexuadamente, espécie define-se como: “população ou grupo de populações naturais, cujos indivíduos têm capacidade de se cruzarem entre si, originando descendentes férteis e estando isolados reprodutivamente de outros grupos semelhantes” Ernest Mayr, 1942 Existem, casos de indivíduos de duas populações que sendo da mesma espécie podem, por motivos geográficos, por exemplo, ficarem afastados apenas contactam numa zona restrita. Estes dois grupos começam a evoluir individualmente mas nunca deixam de se cruzarem entre si, gerando indivíduos férteis. A estes dois grupos, já com características algo diferentes, designam-se subespécies ou raças geográficas. Origem e evolução dos primatas
A evolução dos mamíferos relaciona-se
com a extinção dos grandes répteis e também com o aumento do número de
plantas com flor. Os primatas, grupo de mamíferos onde só inclui o homem,
tiveram a sua origem na era secundária (há cerca de
Prossímios Antropóides
(macacos do
novo mundo, ( macacos do velho
mundo,
macaco vermelho)
macaco leão da Índia)
Pongídeos Hominídeos
( chimpanzés, orangotangos e gorilas) (homem) Diferenças entre pongídeos e hominídeos: - articulação da cabeça com coluna
vertebral no centro da base do crânio, logo cabeça e tronco - as curvaturas em S na coluna vertebral permitem uma boa distribuição do peso do corpo e um melhor equilíbrio. - os membros inferiores maiores que os posteriores permitem a marcha. - capacidade craniana do homem e mais do que o dobro da do gorila. - encéfalo mais desenvolvido no homem. - face humana e vertical. A evolução do hominídeos: Australopithecus (apareceram a sul, em África), Homohabilis (África), Homoerectus (África, Ásia e Europa), Homem de Neanderthal (Alemanha, Europa), Homo Sapiens ou Homem de Cro-magnom (África e América). |
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