Capítulo 4 – HereditariedadeSistema Sanguíneo Humano ABO
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Em 1842, Gregor Mendel, professor de uma escola secundária e monge Agostinho, fez inúmeras experiências com culturas de ervilheiras, de forma a estudar como é feita a transmissão de caracteres (Hereditariedade). Mendel estudou alguns caracteres ou factores responsáveis pela transmissão de características hereditárias. Estes factores correspondem a segmentos da molécula de D. N. A. e designam-se por genes. Estes apresentam formas alternativas responsáveis pelos caracteres diferentes. Estas formas alternativas são os alelos. |
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Genótipo e fenótipo O termo genótipo designa
a constituição genética de um indivíduo. Os caracteres ou características que
um indivíduo manifesta dependendo do seu genótipo, designa-se fenótipo.
Por exemplo a cor vermelha da corolas das ervilhas – fenótipo, pode
corresponder a dois genótipos diferentes ou Vv ou VV onde V é o alelo de cor
vermelho – dominante e o v, o alelo de cor branca – recessivo.
Se um indivíduo, relativamente a esses alelos tiver Vv é um indivíduo heterozigótico.
Es por outro lado, o genótipo é VV o indivíduo é homozigótico. Exemplo: indivíduo
heterozigótico Vv com indivíduo heterozigótico Vv
Desta forma, três quartos ou 75 % das possibilidades é da próxima geração
ser de cor vermelha. Por outro lado um quarto ou 25 % das possibilidades é de
da próxima geração ser de cor branca. Como se pode verificar
existem alelos dominantes e outros recessivos. No entanto nem sempre isto se
verifica, pois existem alelos que não são totalmente dominantes ou totalmente
recessivos, designam-se por alelos dominantes incompletos – Dominância
incompleta. Exemplo: Planta
boa noite alelo P - vermelho; p –
branco; R – rosa 1ª geração
Todas as possibilidades são de sair plantas com flor rosa
pois a mistura de cor vermelho e branco é a cor rosa. 2ª geração
Na segunda geração as possibilidades de sai a cor vermelha é a mesma de sair branca ou seja de um quarto ou 25%. No entanto a possibilidade de sair cor rosa é de 50% ou seja metade das possibilidades. Além da dominância incompleta, existem
alelos no mesmo genótipo que se expressem da mesma maneira, ou seja, são
ambos dominantes. A esta situação chama-se co-dominância e acontece por
exemplo no sistema sanguíneo humano ABO. |
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Sistema Sanguíneo Humano ABO Como se sabe não se pode dar
sangue a outro indivíduo, sem primeiro saber que tipo de sangue tem, pois
pode-se correr o risco do sangue ser rejeitado. Existem nas membranas dos
glóbulos vermelhos antigenes que dependem de sangue para sangue. O sistema
imunológico do indivíduo reconhece como estranhos os antigene do sangue
diferentes do seu. Quando isto acontece há anticorpos que vão destruir os
antigenes desconhecidos. - O grupo sanguíneo AB não tem
anticorpos, portanto pode receber todo o tipo de sangue (receptor
universal). - O grupo sanguíneo A tem anticorpos
anti-B, portanto não recebem o tipo de sangue B. - O grupo sanguíneo B tem anticorpos
anti-A, portanto não recebem o tipo de sangue A. - O grupo sanguíneo O tem anticorpos
anti-A e anti-B, logo não podem receber sangue do tipo A, B e AB (dador
universal). Os tipos de sangue A e B são codominantes
e o O é o recessivo. Existe ainda um factor, o RH,
que existe à superfície dos glóbulos vermelhos. Certos indivíduos possuem
então antigenes RH e outros não. À partida tal não trazer problemas, mas a
primeira vez que sangues com ou sem RH se misturam, o indivíduo sem o factor RH
produz anticorpos anti-RH que podem destruir algumas das hemácias do outro
indivíduo. Há segunda oportunidade essa destruição é mais potente. É por este
motivo que o cruzamento entre progenitores em que um tenha este factor e
outro não, pode ter consequências graves para o bebé (caso esta não tiver o
factor RH). Os bebés podem nascer Hemofílicos. |
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Mutações – Alterações do material genético O genoma de um
indivíduo não permanece estático e pode experimentar mudanças. Estas
alterações genotípicas chamam-se mutações. A maioria das mutações
estão compreendidas em dois grandes grupos: - mutações génicas
– acontecem quando se dá uma alteração num gene que passa a ser um outro
alelo. Estas mutações são muito localizadas e pontuais e são apenas
detectáveis no fenótipo dos portadores (exemplos: anemia falciforme,
fenilcetonúria). - mutações
cromossómicas – são alterações a nível de porção de cromossomas.
Normalmente sucedem durante a formação dos gâmetas (exemplo: trissomia 21 ou
síndroma de down, monossomia ou síndroma de turner, síndroma de klinefelter). Existem ainda casos de
mutações no material hereditário causadas por agentes externos – Agentes
mutagénicos. Destes destacam-se: - radiações:
ultravioleta (sol), raios X, partículas de escórias radioactivas. - produtos químicos:
fármacos, aditivos alimentares, pesticidas. Para a detecção de malformações
congénitas – diagnóstico pré-natal nos fetos, são feitos alguns
exames hospitalares com esse fim: - visualização do
feto – ecografia ou embrioscopia - amniocentese –
é feita uma pequena recolha do líquido amniótico, feita através da inserção
de uma agulha da barriga da mãe, com auxílio de ecografia. - biópsia da
placenta fetal – inserção de uma pinça ou tubo com o fim de remover
algumas células na placenta. |
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Síndroma de Down |
Síndroma de
Turner |
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