Capítulo 3 – Reprodução assexuada e sexuadaCiclo de vida de alguns seres vivos Espirogira, Funária, Açucena, Homem
A reprodução é uma das características exclusivas dos seres vivos. É a capacidade que os seres vivos têm de originar outros seres portadores de uma informação genética semelhante à dos progenitores. Na reprodução assexuada intervém um único progenitor. Neste caso não existe junção das duas células sexuais ou gâmetas. Assim não existe junção do material genético, por isso os descendentes são geneticamente iguais aos progenitores. O outro tipo de reprodução sexuada caracteriza-se pela junção de dois gâmetas de indivíduos diferentes, na maioria. A esta fusão dá-se o nome de fecundação. Daqui resulta uma única célula, ovo ou zigoto, no qual se recombina o material genético proveniente dos dois gâmetas. Casos de reprodução assexuada- Bipartição ou Cissiparidade: um indivíduo divide-se em dois seres, sensivelmente atingem as dimensões do progenitor. Existe em seres unicelulares e em alguns pluricelulares – Planária. - Gemulação ou Gemiparidade: nos diferentes casos na célula ou corpo mãe há formação de uma dilatação ou gomos que cresce “colado” à mãe e depois de crescer separa-se. Algumas vezes estes gomos nunca se separam da mãe, criando colónias de indivíduos cooperantes. Existem em seres unicelulares (leveduras) e seres pluricelulares (anémona do mar e hidra de água doce). - Esporulação: Neste caso formam-se as células reprodutoras, os esporos, que em condições favoráveis, germinam dando origem, cada um, um novo indivíduo. São exemplos os fungos como o bolor do pão e a penicillium e as plantas como os fetos. - Fragmentação ou multiplicação vegetativa: Um animal onde ocorre este tipo de reprodução é na estrela-do-mar. Os cinco braços da estrela partem-se e a partir de cada um forma-se uma nova estrela-do-mar. E, no entanto, no mundo das plantas onde este tipo de reprodução acontece com maior incidência. Vários órgãos das plantas podem enraizar-se e dar origem a novas plantas (begónias, tubérculos, bolbos, rizomas, estolhos, açucenas e tulipas). Existe um conjunto de cromossomas característicos de uma dada espécie, o cariótipo. O cariótipo humano normal é composto por 46 cromossomas associados em 23 pares de cromossomas. A divisão celular é conseguida através da mitose onde ser forma uma cadeia de D. N. A. idêntica à inicial. |
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Bipartição |
Gemulação
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Esporulação |
Fragmentação vegetativa |
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Reprodução sexuadaEste é o processo de reprodução mais usual no mundo vivo. Através dele dá-se o aparecimento de gerações constituídas por indivíduos que apresentam uma enorme variabilidade, pois permite recombinações de genes dos dois progenitores, garantindo diferentes combinações genéticas descendentes. Neste caso a divisão celular é conseguida através da meiose onde se forma uma cadeia de D. N. A. combinada entre os D. N. A. s dos dois progenitores. Desta forma os descendentes serão todos diferentes (características diferentes). Ciclos de vida de alguns seres vivosA meiose pode ocorrer em diferentes fases da reprodução, ou aquando da formação do zigoto (meiose pós-zigótica), antes da reprodução dos gâmetas (pré-gamética) ou antes da produção de esporos (pré-espórica). Além da meiose podem ocorrer divisões de células que são levadas a cabo pela mitose. Ciclo
de vida da espirogira
A espirogira é uma alga verde que vive em água doce). É um ser haplonte pois em cada par de cromossomas só existe apenas um pois ocorreu a meiose e separou os pares de cromossomas.
Meiose pós-zigótica
Ciclo
de vida da Funária
A Funária é um musgo de pequeno porte que se encontra em locais húmidos. É um ser haplodiplonte pois ao longo da vida existem duas fases: o gametófito – ser haplonte e o esporófito – ser diplonte.
Ciclo
de vida da Açucena
A Açucena é uma planta com flor do grupo da Angiospérmicas). É um ser haplodiplontes pois ao longo da sua vida passa por duas fases: esporófito e gametófito.
Ciclo de vida do Homem
O Homem é um ser diplonte, pois na sua fase adulta tem dois pares de cromossomas ( 23 + 23 = 46). O 23º par de cromossomas no Homem designa-se XX. São estes cromossomas que designam os caracteres sexuais e por isso chamam-se cromossomas sexuais.
Ovo ou zigoto |
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Ciclo de vida
Haplonte |
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Ciclo de vida
Diplonte |
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Ciclo de vida
Haplodiplonte |
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Sistema reprodutor humano
ovários testículos vagina
útero trompas epidídimos canais deferentes uretra próstata vesículas seminais vulva pénis
escroto
óvulos espermatozóides |
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As gónadas são os órgãos produtores de gâmetas ou células sexuais, os óvulos e espermatozóides. Por vias genitais entendem-se os canais por onde passam óvulos, espermatozóides, urina e esperma. As glândulas anexas segregam líquidos que contém os espermatozóides. O tamanho do óvulo é quase o triplo do tamanho de espermatozóides, cerca de 0,15 mm o primeiro e 0,06 mm o segundo. O óvulo é uma célula com um diâmetro de 0,15 mm com forma esférica, sendo protegido por uma zona pelúcia. É uma célula imóvel e contém no seu citoplasma substâncias de reserva que permitem o desenvolvimento embrionário durante os primeiros dias. O espermatozóide é uma célula com uma fina camada de citoplasma rodeada pela membrana plasmática. É uma célula com movimento, por isso, junto à célula (cabeça), encontra-se uma peça intermédia (com mitocôndrias), que faz ligação com o flagelo (cauda). Ciclos sexuais
No caso do homem, os testículos estão sempre a produzir espermatozóides por dia e portanto não se pode falar em ciclo sexual. No entanto, tanto no caso do homem como no da mulher, o ciclo sexual (onde há produção de gâmetas e preparação dos órgãos sexuais para tal) inicia-se na puberdade. No caso do homem, os gâmetas vão sendo produzidos até o final da sua vida, diminuindo aos poucos essa produção. No caso da mulher, os ovários produzem os gâmetas só sendo interrompida essa produção pela gestação. A partir de determinada idade (45 – 56 anos) a mulher entra na fase da menopausa onde há paragem da função genital. O ciclo ovárico decorre, em média, em 28 dias. Dele fazem parte três fases: - fase folicular – dá-se o crescimento e evolução de alguns folículos primordiais (pré-gametas). Deste, geralmente só um atinge a maturação, degenerando todos os outros. - fase ovulação – por volta do 14º dia do ciclo dá-se a libertação de uma célula designada oócito já com uma parte da meiose realizada. Este é libertado nas trompas de falópio. Se eventualmente houver fecundação, após a entrada da célula espermatozóide para dentro da célula feminina, esta acaba a meiose e só depois se designa óvulo. - fase luteínica – ainda no ovário, depois da expulsão do oócito forma-se e desenvolve-se o corpo amarelo ou corpo lúteo. Na finalização desse desenvolvimento este entra em regressão e desaparece, caso não ocorra fecundação. Neste ponto dá-se início novamente à fase folicular. Esta fase tem a duração aproximada de 14 dias O ciclo uterino ocorre ao mesmo tempo que o ciclo ovárico mas com fases distintas: - fase menstrual – ocorre uma desagregação e eliminação de grande parte do endométrio (cobertura interna por um tecido muito rico em vasos sanguíneos, sobre a parte muscular da parede do útero) acompanhada e uma hemorragia devida à ruptura de vasos sanguíneos (ali existentes). A esta hemorragia dá-se o nome de menstruação e dura alguns dias (cerca de 5 dias). - fase proliferativa – o endométrio entra em fase de proliferação e reconstituição celulares. Torna-se mais espesso (passa de 1 mm a 5 mm) e reconstituem-se os vasos sanguíneos, preparando o útero para a fecundação. - fase secretora – aumento da espessura do endométrio (até cerca de 7 mm). As glândulas ali existentes produzem glicogénio e outras substâncias. O ciclo menstrual é então o período de tempo que decorre entre o primeiro dia da menstruação e a véspera da menstruação seguinte. Desde ciclo fazem parte o ciclo ovárico e ciclo uterino. |
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Para que todos os processos ocorram em cada
fase destes ciclos é necessário a presença de hormonas que estimulem as
diferentes acções a desenvolver no ovário e útero e que são produzidas pelos
ovários, estimulados por hormonas que vem do cérebro. Estas hormonas são
controladas pelo cérebro, na hipófise que produzem outras hormonas sexuais e
as enviam para o sangue e controlam os seus valores no sangue. São as
hormonas, estrogénio e progesterona. Os primeiros estimulam o
crescimento e proliferação das células do endométrio e a progesterona
controla a transformação das glândulas, bem como da manutenção da estrutura
desenvolvida. Os estrogénios são ainda responsáveis pelo aparecimento dos caracteres
sexuais secundários na mulher (desenvolvimento e seios, crescimento de
pêlos na zona púbica, corpos para arredondado na zona do aparelhos sexual). A fecundação
Depois da fecundação, o ovo
ou zigoto começa a dividir-se ao mesmo tempo que este começa a descer em
direcção ao útero. As divisões celulares continuam e as células começam a
organizar-se. Nesta altura o embrião adere ao endométrio, onde se
implanta e fica totalmente recoberto por ele – nidação. Nas semanas seguintes, o embrião desenvolve-se ficando protegido por
uma camada líquida – Líquido amniótico. Nesta altura constitui-se
também a placenta que é a ligação entre o embrião e a mãe e também o cordão
umbilical, por onde se dão as trocas de O2 / CO2,
nutrientes/ excreções, anticorpos, hormonas / hormonas, medicamentos,
álcool, nicotina, micróbios, água e sais minerais. Nesta altura a placenta
produz uma hormona que envia para o sangue e vai estimular a produção de leite
materno pelas glândulas mamárias. Ao fim aproximadamente dos 9
meses, o feto nasce. O feto desce de abdómen e por contracções
da parede do útero e expulso pela vagina. |
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Fecundação |
Local onde ocorre
a fecundação |
Feto |
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