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Capítulo 16 – Fluxo de energia nos ecossistemas

 

Produtividade primária

Produtividade secundária

Pirâmides de energia

 

 

     O sol é a fonte de energia para todos os ecossistemas. Parte da energia solar é fixada pelas plantas nos compostos orgânicos por elas sintetizados. A energia acumulada nesses compostos transfere-se das plantas para os animais através das diversas cadeias alimentares.

 

Produtividade primária

 

     Na estrutura básica de um ecossistema existem sempre produtores, consumidores, decompositores e factores abióticos, que se inter-relacionando, permitem a transferência de energia ao longo das cadeias alimentares.   

     Todas as comunidades representam uma certa quantidade de matéria orgânica – Biomassa, que pode ser expressa em toneladas de matéria.

     Como os organismos autotróficos constituem a base das cadeias alimentares e por isso são os primeiros organismos que apresentam a capacidade de produzir biomassa, são chamados produtores primários.

 

     A produtividade primária é a massa vegetal produzida durante um ano numa determinada superfície. Exprime-se em T/ano/hectare.

 

     Por exemplo, uma floresta de carvalhos ou pinheiros atinge a sua produtividade máxima aos 25 e os 60 anos de idade. Esta produtividade é maior do que a de uma floresta de faias que, no entanto se prolonga durante um período mais longo.

 

     A produtividade é variável com a espécie e na mesma espécie varia com a idade e com todos os factores que condicionam a fotossíntese.

 

Produtividade secundária

 

     Os animais, como seres heterotróficos que são, estão dependentes das moléculas sintetizadas por outros organismos, alimentando-se de plantas ou animais, conforme são consumidores de 1º ordem ou consumidores de outros níveis tróficos.

     A quantidade de matéria orgânica produzida por um produtor secundário num determinado período de tempo é a chamada produtividade secundária.Por exemplo, no caso do boi, o quociente da produção secundária pela quantidade de alimentos ingeridos é fraca, pois este elimina energia através das fezes e da respiração.

 

 

Pirâmides de energia

 

     Como a matéria e, portanto, a energia passa dos produtores aos consumidores de 1º ordem e depois aos de2ª ordem, isto é, passa de nível trófico para nível trófico, chama-se a este percurso fluxo de energia ou fluxo de matéria.

     A energia proveniente do sol captada pelos produtores vai-se perdendo ao longo das cadeias alimentares sob forma de calor, uma energia que não é usada pelos seres vivos. O nível mais energético mais elevado, nos ecossistemas terrestres, é constituído pelas plantas clorofilinas (que produzem a fotossíntese) – Produtores. O resto do ecossistema fica dependente da energia por eles captada e transformada em matéria orgânica. Dos níveis tróficos seguintes fazem parte dos consumidores. Os herbívoros perdem energia pela respiração e fezes e logo recebem e transferem menos energia para o nível seguinte, o dos carnívoros. Neste caso acontece a mesma perda de energia e portanto ao longo dos níveis tróficos seguintes, os seres vivos têm necessidade de ingerir mais alimentos para contraria a falta de energia.

 

     Foi adaptado um processo de representação gráfica desta transferência de energia nos ecossistemas, denominado pirâmide de energia.

 

 

Pirâmide de energia

 

     Em jeito de conclusão, a produtividade secundária depende de:

 

- Nível trófico – geralmente será tanto menor, quanto mais elevado for o nível trófico representado.

 

- Temperatura interna dos indivíduos – A produtividade é maior em animais de temperatura variável (como é o caso da salamandra) do que nos animais de temperatura constante (como é o caso do homem). Nestes animais, grande parte da matéria orgânica ingerida é gasta para manter a temperatura do corpo constante.

 

- Tipo de ecossistema – Nos ecossistemas em que os factores abióticos (ex: humidade, luminosidade) são favoráveis, permite o desenvolvimento de uma flora e fauna abundantes e diversificadas, logo existem maior produtividade. Por exemplo, no deserto, uma zona do planeta cujos factores abióticos são tão adversos, a produtividade é menor.

 

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